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Como professor, costumo dizer que mais aprendo que ensino e dentre as diversas “lições que aprendi” com meus alunos de MBA, está um episódio contado por um executivo sobre a sua aflição em relação ao filho de 20 anos que desde criança, sonhava um dia trabalhar em uma determinada multinacional do setor de informática e que em seu terceiro ano de faculdade havia conseguido ser aceito como estagiário nesta multinacional.

Segundo o relato do pai, o drama começou quando certo dia o filho chegou em casa dizendo não querer mais trabalhar naquela empresa, pois seu superior só o destratava, dizendo ser ele um incompetente, que não tinha inteligência, que seria “engolido” pela competição armada entre os demais estagiários, e por isso provavelmente não teria futuro naquela empresa, e que no final do estágio ele estaria na lista dos dispensados, pois dos vinte estagiários somente os “espertos” ficariam, dentre outras observações.

Naquele momento lembrei-me do meu primeiro chefe que foi meu verdadeiro mentor, se bem que naquele tempo nem existia esta denominação. Sempre digo que “o primeiro chefe a gente nunca esquece”, e aconselhei que dissesse ao filho para não desistir de seus sonhos, pois enquanto nossos sonhos forem maiores que os obstáculos, superaremos qualquer crise.

O drama vivido pelo rapaz é o mesmo experimentado por muitos jovens iniciantes em suas carreiras, e que hoje não encontram líderes verdadeiros para os guiarem no caminho do sucesso.

Como consultor tenho testemunhado, que nas contratações de profissionais, se dá muita importância à capacidade técnica do candidato, mas posteriormente estes mesmos profissionais são demitidos pela sua incapacidade de não saberem relacionar-se com as pessoas, a despeito de suas brilhantes competências técnicas.

Recomendei finalmente a este pai angustiado que orienta-se seu filho a enfrentar as adversidades deste relacionamento, encarando-as como uma boa oportunidade de aprendizado sobre “tudo o que um verdadeiro líder não deve fazer”, e que ele aplicasse na sua vida futura.

Este episódio aconteceu há uns quatro anos. Hoje este “rapaz” é um jovem executivo de sucesso nesta mesma multinacional, e que lidera um grupo de 50 profissionais, alguns com mais tempo de casa do que ele. Com certeza os estagiários que ele contrata são todos tratados de forma bem diferente do que ele vivenciou um dia como estagiário.

Os líderes do Futuro são os estagiários de hoje. É fundamental que entendamos esta singela, mas importante história sobre estagiários e “pseudo lideres”.

Em um cenário de alta competitividade, não haverá mais espaço para “lideranças” que evocam o confronto e a competição entre os seus liderados, em um “regime de vencedores e perdedores”.

Confira abaixo as cinco regras de preparação que as empresa deverá seguir na formação dos Lideres do Futuro:

1 - O Líder do Futuro deverá ter tem objetivos claros e aceitos por todos
Deveremos formar jovens lideres que tenham desde agora o senso de resultados baseados em metas, controles e no prazo de execução.Comece dizendo qual o propósito do trabalho e o que é esperado da equipe.

2 – O Líder do Futuro trabalhará no senso “Small is Beautiful”
Não existe e nem existirão equipes de alta performance com um número excessivo de pessoas, mesmo por que a rapidez de resposta é condição crítica para a performance de resultados.

3 – O Líder do Futuro buscará a diversidade da equipe
O líder do futuro saberá trabalhar e liderar equipes de alta performance, ou seja, com pessoas que possam pensar de forma proativa não confundindo entusiasmo com proatividade, nem tão pouco pessimismo com cautela. E “pé no chão”.

4 – O Líder do Futuro deverá demonstrar Autoconfiança e Autorrespeito
O verdadeiro líder deverá cultivar estes dois valores. Igualmente, cada membro da equipe deverá respeitar a opinião dos demais e debater todos os pontos de vista com isenção de ânimos ou paixões pessoais. O que importa é o resultado a ser alcançado.

5 – O Líder do Futuro será o maestro
Será com sua liderança que o líder dará o tom, a cadência e a direção em busca da solução final. A primeira responsabilidade do Líder será dizer qual a realidade dos fatos – a última coisa a dizer será: “Muito obrigado”.

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