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Algo muito semelhante ao que acontece atualmente com os produtos chineses, todos os produtos “Made in Japan” até a década de 60, eram muito baratos, de baixa qualidade em relação aos similares de outras origens , não tinham garantia, resultando numa imagem desfavorável ao Japão e sua indústria.

Já que nos referimos aos anos 60 , poderíamos dizer que os anos 70 e 80 representaram a Década da Produtividade, quando o importante era a alta produção, gerando ganhos de escala. Os anos 90 ficaram conhecidos em nível mundial como a Década da Qualidade : marcados pela alta produção com qualidade assegurada.

Já no novo milênio, consolidou-se a era da Globalização caracterizada pela estratégia “Pense Global e aja Global“, pois o cliente estará em qualquer parte do planeta. Neste contexto, as variáveis mais expressivas são customização, produção em pequenos lotes, diminuição do ciclo de vida dos produtos e serviços e fatalmente a diminuição da fidelidade de clientes tradicionais, por exemplo.

Em resumo , a Globalização apresenta um cenário que foge totalmente do convencional derrubando dogmas , tabus e tradições, entre outras características.

Neste contexto podemos definir Competitividade na Globalização de Mercados como: “A manutenção da rentabilidade no nível desejado , com o aumento constante de clientes fieis , através da melhoria contínua do relacionamento de toda a cadeia existente entre a empresa e o consumidor final , atendendo-o em tempo real, esteja ele onde estiver”.

Outra característica da Gloabalização é que o cliente está em qualquer parte do planeta e neste conceito o mercado não é mapeado por países ou clientes, mas sim por necessidades e oportunidades de negócios.

Esta é ao mesmo tempo a boa e a má notícia. Se de um lado podemos imaginar um mercado globalizado para os nossos produtos, por outro veremos que nossos competidores estarão presentes em todas as partes preenchendo espaços, competindo por mais um negócio rentável e mais um cliente fiel. Inclusive e principalmente aqui no Brasil.

A Globalização chegando à nossa porta.

Por ocasião dos primeiros passos na implantação do MERCOSUL, ouvíamos dizer, em tom de anedota, ser aquele um assunto altamente empolgante para os argentinos, uruguaios, paraguaios e diplomatas brasileiros.

Hoje o MERCOSUL representa uma ampliação factível de mercado para produtos “Made in Brazil”, significando no sentido inverso, o aumento de opções para o consumidor brasileiro em vários segmentos.

De tudo o que já foi abordado sobre o MERCOSUL, um aspecto em particular nos chama atenção em termos de Competitividade: o fato de que certos setores da economia dos outros países membros são formados por empresas que apresentam posturas gerenciais com forte ênfase na internacionalização, num nível bem mais profundo do que o encontrado nos seus respectivos concorrentes brasileiros.

Se esta constatação não nos preocupa em termos quantitativos , serve pelo menos para demonstrar que o grau de “exposure” internacional do empresário e do executivo brasileiro representa um dos pontos críticos de atenção a ser observado em termos de Competitividade e Globalização.

Esta vulnerabilidade também está refletida em outros exemplos como se vê na análise do volume das exportações brasileiras. Há uma variável constante ao longo dos anos indicando há décadas constata-se que em média 75 % de nossas vendas ao exterior são gerados por apenas 500 empresas.

Nos Estados Unidos, 50 % das exportações provêm de pequenas e médias empresas. Na Itália 60%. No Brasil a pequena e média empresa participam com apenas 9 % das exportações brasileiras.

Durante nossas apresentações sobre este tema , temos ouvido várias manifestações de empresários que alegam não estarem muito preocupados com a Globalização que vem tomando espaço de mercado no Brasil.

Cabe frisar, que a globalização traz não só a oportunidades para a ampliação de mercados para os produtos brasileiros no exterior, mas, no contra-fluxo, provoca a entrada do concorrente estrangeiro que aqui chega via Mercosul ou mesmo por outras origens, oferecendo condições altamente competitivas aos consumidores brasileiros.

Desta forma interessando-se ou não pelo mercado exterior, seja a empresa pequena ou grande, seja do setor industrial, do comércio ou de serviços, a Competitividade através da Internacionalização deverá ser encarada como uma oportunidade, e não como uma ameaça, até mesmo por uma questão de sobrevivência no próprio mercado interno.

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